Francisco, de 88 anos, passa o 13º dia no Hospital Gemelli, em Roma
Internado há 13 dias no Hospital Gemelli, em Roma, o papa Francisco, de 88 anos, teve uma noite tranquila e segue em repouso, informou o Vaticano nesta quarta-feira (26). O pontífice enfrenta um quadro de pneumonia dupla e sua condição continua crítica, embora estável.
Na terça-feira (25), o Vaticano já havia relatado que o papa permanecia em estado crítico pelo quarto dia consecutivo, mas sem novas complicações respiratórias. O prognóstico segue cauteloso, porém seus parâmetros hemodinâmicos, que medem a eficiência do sistema circulatório, continuam estáveis.
Oração e apoio da comunidade argentina
Primeiro papa latino-americano e líder da Igreja Católica desde 2013, Francisco recebeu homenagens e preces de fiéis ao redor do mundo. Em Roma, membros da comunidade argentina se reuniram na Igreja Nossa Senhora das Dores para rezar por sua recuperação.
“Oramos por sua saúde para que ele possa continuar a governar a Igreja”, afirmou o reverendo Mario Aler, mencionando a importância do Ano Santo Católico de 2025, evento que o papa planejava acompanhar de perto.
A embaixadora do Paraguai no Vaticano, Romina Taboada Tonina, destacou a importância do pontífice: “Ele não é apenas um líder religioso, mas também uma figura política influente”.
No Vaticano, centenas de pessoas se reuniram na Praça de São Pedro para uma cerimônia de oração, que tem sido realizada diariamente ao longo da semana com a presença de peregrinos e líderes da Igreja.
Papa segue trabalhando no hospital
Apesar da gravidade de sua condição, Francisco continua exercendo algumas funções do papado. Na terça-feira, o Vaticano anunciou novas nomeações que foram aprovadas pelo pontífice.
A pneumonia dupla, que atinge ambos os pulmões, é uma infecção grave que pode causar cicatrizes e dificultar a respiração. O Vaticano classificou o caso do papa como “complexo”, sendo causado por múltiplos micro-organismos.
Francisco tem um histórico de problemas pulmonares desde a juventude, quando sofreu pleurisia e precisou remover parte de um pulmão. Nos últimos dois anos, sua saúde tem sido motivo de preocupação devido a recorrentes infecções e internações.
Enquanto a Igreja Católica e seus fiéis acompanham com apreensão seu estado de saúde, as orações e homenagens ao pontífice seguem se multiplicando em diversas partes do mundo.