Inscrições começam na segunda-feira (5)
Começam nesta segunda-feira (5) as inscrições para o novo ciclo do programa Mais Médicos, que oferece 3.174 vagas para atuação em municípios prioritários e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). O edital foi divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (2).
A iniciativa tem como foco reforçar a atenção primária à saúde em áreas remotas, de difícil acesso e com altos índices de vulnerabilidade social, onde há escassez de profissionais. Os médicos selecionados integrarão equipes da Saúde da Família e atuarão diretamente nas comunidades.
Do total de vagas, 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e outras 108 serão destinadas a 26 DSEIs. A maior parte das oportunidades está voltada para municípios de pequeno porte (75,1%), seguidos por cidades de médio (11,1%) e grande porte (13,8%).
As vagas são destinadas a três perfis de profissionais: médicos formados no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou diploma revalidado; brasileiros formados no exterior; e médicos estrangeiros com habilitação para exercer a medicina fora do Brasil. Para os dois últimos grupos, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), que prepara os participantes para os desafios locais, como urgências, emergências e doenças prevalentes.
As inscrições devem ser feitas até o dia 8 de maio, por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP). No momento da inscrição, os candidatos devem apresentar declaração de próprio punho afirmando conhecimento da língua portuguesa (no caso de estrangeiros) e familiaridade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O edital também prevê a criação de um cadastro reserva, para que municípios e DSEIs possam agilizar a substituição de profissionais sempre que necessário. Ao todo, 2.450 municípios e oito distritos indígenas participam dessa nova modalidade.
Atualmente, o Mais Médicos atende mais de 63 milhões de brasileiros em cerca de 4,2 mil municípios, com 24,9 mil médicos em atividade, dos quais 601 atuam em territórios indígenas. O Ministério da Saúde pretende ampliar esse número para 28 mil profissionais até o fim de 2025.
Os médicos que ingressarem no programa poderão permanecer por até 48 meses, com direito a bolsa-formação, ajuda de custo e outros auxílios, conforme previsto no site oficial do programa.