FPF proíbe torcidas organizadas do Corinthians de frequentar estádios até o fim do ano

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Medida atende a pedido do Ministério Público e vale até o fim do ano

A Federação Paulista de Futebol (FPF) determinou, nesta quarta-feira (2), a proibição da entrada de seis torcidas organizadas do Corinthians em estádios de futebol de São Paulo até o fim de 2024. A medida afeta as organizadas Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp.

A decisão atende à recomendação do Juizado Especial Criminal (Jecrim) e foi expedida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP). A punição ocorre devido a incidentes registrados na partida de volta da final do Campeonato Paulista, realizada no último dia 27 de março, na Neo Química Arena, entre Corinthians e Palmeiras. Durante o jogo, torcedores arremessaram sinalizadores no gramado, partindo das arquibancadas onde estavam as organizadas. O confronto terminou empatado sem gols, garantindo o título estadual ao Alvinegro, que havia vencido o jogo de ida por 1 a 0, no Allianz Parque.

Segundo a portaria assinada por Marina Tranchitella, diretora do Departamento de Segurança, Infraestrutura e VAR da FPF, está proibida a entrada “de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados” das organizadas. A medida entrou em vigor imediatamente, afetando inclusive a partida desta quarta-feira contra o Huracán, da Argentina, pela Copa Sul-Americana.

A decisão gerou reação das torcidas punidas. A Gaviões da Fiel orientou seus integrantes a comparecerem ao jogo vestindo camisetas pretas do Corinthians ou a “camisa da proibição”, evitando bonés coloridos e itens que façam referência a bairros ou quebradas. A organizada também informou que seu departamento jurídico está avaliando a situação.

Já a Pavilhão 9 manifestou “veemente repúdio” à portaria, alegando que a medida “viola princípios constitucionais e legais”, punindo “indiscriminadamente milhares de torcedores pacíficos”. A torcida afirmou que prestará suporte jurídico a associados impedidos de ingressar nos estádios ou que tenham objetos apreendidos arbitrariamente, prometendo ainda ações individuais por danos morais e materiais.

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