Drones ucranianos atingem Moscou antes da chegada de Xi Jinping para visita oficial

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Na sexta, Rússia celebra 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazista

Pelo terceiro dia consecutivo, drones ucranianos atacaram Moscou nesta quarta-feira (7), obrigando o fechamento temporário dos principais aeroportos da capital russa, horas antes da chegada do presidente da China, Xi Jinping. A visita do líder chinês, marcada por cerimônias oficiais e um desfile militar, ocorre sob forte tensão, com a Ucrânia manifestando oposição à presença de Xi em território russo durante as comemorações da vitória soviética sobre o nazismo.

Segundo o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, pelo menos 14 drones foram derrubados pelas defesas aéreas russas durante a madrugada. Os ataques interromperam as operações nos aeroportos da cidade e causaram o cancelamento de diversos voos. Enquanto isso, em Kiev, autoridades ucranianas relataram que um ataque aéreo russo durante a noite matou uma mulher e seu filho. Moscou afirma que atinge apenas alvos militares.

Xi Jinping, cujo país é o principal comprador de petróleo e gás russos, deve desembarcar em Moscou na noite desta quarta-feira, no horário local. A China tem sido um dos principais pilares econômicos da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, ajudando o país a driblar sanções ocidentais. Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores evitou comentar os ataques e reforçou que a “prioridade máxima” é evitar a escalada do conflito.

O presidente chinês é o principal convidado estrangeiro para o desfile militar que ocorrerá na sexta-feira (9), na Praça Vermelha, em comemoração ao 80º aniversário da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial. A presença de Xi representa um significativo apoio simbólico ao presidente Vladimir Putin, que busca demonstrar que a Rússia mantém relevância e alianças no cenário internacional.

Além de Xi, outros 28 líderes estrangeiros devem participar da cerimônia, entre eles o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O Kremlin tem exaltado a presença internacional como prova do prestígio crescente da Rússia. No entanto, a Ucrânia pediu oficialmente que os países se abstenham de enviar tropas para o evento, criticando especialmente a participação chinesa, alegando que isso compromete a neutralidade declarada por algumas nações.

Xi deverá se reunir com Putin na quinta-feira (8), e sua presença em Moscou reacende esperanças de que a China possa exercer influência para pôr fim ao conflito, embora Pequim também tenha acusado os Estados Unidos de prolongarem a guerra ao fornecer armamentos a Kiev.

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