Bob Marley estava em estúdio gravando Uprising – aquele que viria a ser seu último álbum lançado em vida — quando recebeu um convite para lá de irrecusável de Ramón Segura, diretor geral da Ariola: participar da festa de lançamento da gravadora alemã no Brasil.
Torcedor apaixonado da seleção à época tricampeã do mundo, o cantor jamaicano, então com 34 anos, nem pensou em recusar o convite. “Rivelino, Jairzinho, Pelé… A Jamaica gosta de futebol por causa do Brasil”, explicaria, dias depois, já em solo brasileiro.
Convite aceito, um dos maiores nomes do reggae de todos os tempos embarcou em Port of Spain, em Trinidad e Tobago, rumo ao país do futebol. Marley não veio sozinho.
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A bordo de um jato particular fretado pela Island Records, gravadora jamaicana fundada em 1959 que, hoje, pertence ao acervo da Universal Music, vieram, também, o guitarrista Junior Marvin, da banda The Wailers; o cantor Jacob Miller (1952-1980), do grupo Inner Circle; o executivo Chris Blackwell, fundador da Island Records, e sua mulher, a atriz e modelo Nathalie Delon (1941-2021).
E a comitiva seria ainda maior se o cantor e compositor Barry Manilow, também convidado para prestigiar o evento, não tivesse mudado de ideia na véspera do embarque.