Após duas quedas consecutivas, o preço da cesta básica em Cuiabá voltou a subir significativamente na última semana de fevereiro, registrando um aumento de 1,81% e alcançando o custo médio de R$ 810,28. Esse é o maior valor registrado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) em 2024. Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento acumulado chega a 5,06%.
De acordo com o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, as oscilações climáticas continuam sendo um dos principais fatores que influenciam os preços dos alimentos. “O clima interfere semanalmente nas variações de produtos mais sensíveis, impactando fortemente itens como tomate e batata, que contribuíram para elevar o custo da cesta básica em R$ 14,39 na última semana de fevereiro”, explicou.
Tomate lidera alta de preços
O tomate foi o item que mais pressionou o custo da cesta básica na semana, com um aumento de 14,67%, chegando ao preço médio de R$ 6,86/kg. A alta está relacionada à baixa oferta do fruto, causada pela maturação acelerada devido às ondas de calor recentes. Apesar desse aumento, o preço atual ainda é 16,47% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Além do tomate, a carne bovina também teve impacto no encarecimento da cesta básica, com um aumento de 1,47% na última semana do mês. O crescimento das exportações reduziu a oferta do produto no mercado interno, pressionando os preços.
Outro item que voltou a subir foi a batata, que havia registrado queda na semana anterior, mas agora teve um aumento de 3,74%, custando em média R$ 4,20/kg. Segundo o IPF-MT, a escassez do tubérculo se deve a dificuldades na colheita causadas pelo clima chuvoso, fator que contribuiu para a alta no valor.
Açúcar apresenta recuo após quatro semanas de alta
Por outro lado, o açúcar foi um dos poucos produtos que registraram redução de preço. Após quatro semanas consecutivas de aumento, o valor caiu 1,55%, chegando a R$ 3,89/kg. A maior oferta do produto pode ter contribuído para essa queda. No entanto, mesmo com o recuo, o açúcar ainda está 3,14% mais caro do que na mesma semana de fevereiro do ano passado.
O cenário reforça a tendência de instabilidade nos preços da cesta básica em Cuiabá, com variações constantes devido às condições climáticas e ao mercado de exportação.