Bolsa cai 0,28% e recua 1,37% na semana
Na última sexta-feira (11), o mercado financeiro viveu um dia de tensão, com o dólar ultrapassando a barreira de R$ 5,60 e atingindo o maior valor em um mês. A bolsa de valores, que havia registrado alta na quinta-feira (10), reverteu o movimento e acumula queda de mais de 1% na semana.
O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,615, com uma alta de R$ 0,027 (+0,5%). Apesar de ter começado o dia em queda, a moeda norte-americana passou a subir após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugerir a possibilidade de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para valores superiores a R$ 5 mil, em troca da taxação dos super-ricos.
No pico do dia, por volta das 10h55, o dólar chegou a R$ 5,65, a maior cotação desde 12 de setembro. Ao longo da semana, a moeda acumulou alta de 0,36%.
No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 encerrou o dia aos 129.992 pontos, com queda de 0,28%. Durante a manhã, o índice chegou a cair 0,78%, mas as perdas foram parcialmente contidas pela alta nas ações de mineradoras, impulsionadas pela expectativa de estímulos econômicos na China, grande consumidora de metais brasileiros. Mesmo assim, o Ibovespa acumulou uma queda de 1,37% na semana.
Tanto o dólar quanto a bolsa brasileira contrariaram a tendência do mercado internacional. O dólar caiu em relação às moedas de países emergentes, e a bolsa norte-americana subiu, após a divulgação de que a inflação ao produtor nos Estados Unidos se manteve estável em setembro, abaixo do esperado.
No entanto, os comentários de Lula sobre a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda geraram desconfiança no mercado. Embora o presidente tenha afirmado que a medida seria financiada pela taxação dos super-ricos, em linha com o que ocorre em outros países, investidores mostraram ceticismo quanto à capacidade do Congresso de aprovar o aumento de tributos necessário para viabilizar essa promessa de campanha.