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domingo, 14 dezembro 2025
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Visibilidade: “Somos seres humanos igual a todo mundo”, diz atriz trans

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Hadassah Luz, 36 anos, é atriz, jornalista, e estudante do curso de Direito. Sempre soube ser uma pessoa especial, mas somente há 3 anos atrás deu início à transição de gênero.

“Eu sempre soube que eu era especial, mas não entendia a minha condição, foi com o avanço da internet que tive acesso a algumas situações com as quais me identificava, foi daí que me entendi como uma mulher trans, mas o desejo de mudança fisica tenho desde criança, nunca me reconheci como menino.”

Estudo desenvolvido em 2020 pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp) envolveu 6 mil pessoas entrevistadas em 129 municípios de todas as regiões do país. Essa inédita pesquisa aponta que 1,9% da população brasileira é de pessoas transgênero ou não binárias. Ou seja: 4 milhões de indivíduos.

Para lembrar que essas pessoas existem e têm direitos, foi instituído o Dia da Visibilidade Trans – 29 de janeiro. Este é um importante marco na luta contra transfobia.

Desde 2004 essa data é marcada como símbolo pela luta contra transfobia no Brasil porque naquele ano, na mesma data foi organizado um ato nacional para o lançamento da campanha denominada “Travesti e Respeito”, em Brasília. Desde então todos o ano 29 de janeiro é dia de lembrar da luta persistente de pessoas trans e suas sobrevivências em meio à uma sociedade conservadora e preconceituosa.

De acordo com o relatório feito em 2021 pela Transgender Europe (TGEU), responsável por monitorar dados globalmente levantados por instituições trans e LGBTQIA+, 70% de todos os assassinatos com registro aconteceram na América do Sul e Central, sendo 33% no Brasil: nação que ocupa há 13 anos o topo da lista dos países que mais mata pessoas trans no mundo.

Segundo dados do  Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2021, estudo realizado pela da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) com apoio de universidades como a Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Federal de São Paulo (Unifesp) e Federal de Minas Gerais (UFMG), foram registrados 140 assassinatos de pessoas trans no Brasil ano passado. Deste total, 135 tiveram como vítimas travestis e mulheres transexuais e cinco vitimaram homens trans e pessoas transmasculinas.

Ou seja, mesmo que desde 2019 transfobia seja considerada crime, as mortes de pessoas trans não cessaram.

No dia  13 de junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal – STF decidiu pela criminalização da homofobia e da transfobia, com a aplicação da Lei do Racismo (7.716/1989). 

Transfobia é crime. E Hadassah deixa um recado para aqueles que ainda tem preconceito:

“Eu diria para essas pessoas que busquem informações, ouvir pessoas trans, somos seres humanos igual a todo mundo com as mesmas capacidades e necessidades”.

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