Na manhã desta quinta-feira (6), a vereadora Maysa Leão fez um apelo incisivo pela criação de uma campanha de conscientização sobre a violência e o assédio sofridos por mulheres no transporte público. Durante seu discurso, ela citou o caso de Vitória, jovem de 17 anos desaparecida em São Paulo, para ilustrar a urgência do tema.
“Hoje, faço uma cobrança necessária e urgente. As mulheres continuam vulneráveis, não apenas no transporte público, mas em diversos espaços da sociedade. E essa dor precisa ser ouvida”, afirmou.
Maysa, que é mãe de uma jovem de 21 anos que mora sozinha na capital paulista, relatou o impacto emocional do caso. “Senti um frio na espinha. Eu sabia que Vitória dificilmente voltaria para casa”, disse, emocionada.
A parlamentar destacou que a violência contra mulheres é uma realidade cotidiana e, muitas vezes, invisibilizada. “Cada vez que uma mulher é assassinada apenas por ser mulher, todas nós perdemos um pouco da nossa própria existência”, declarou. Ela cobrou medidas concretas para evitar novas tragédias. “Não podemos mais normalizar essa violência. Precisamos agir agora.”
Como solução, Maysa propôs que a Associação dos Usuários do Transporte Coletivo (ASSUT) e a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) lancem uma campanha ostensiva contra a violência no transporte público, envolvendo motoristas, passageiros e toda a sociedade.
“O medo de uma mulher dentro de um ônibus lotado não se compara ao medo que um homem sente ao andar sozinho à noite. Enquanto ele teme um assalto, nós tememos ser violentadas, esquartejadas e abandonadas em um matagal”, afirmou.
Por fim, Maysa reforçou a necessidade de garantir segurança às mulheres durante seus deslocamentos. “Não podemos ignorar as ‘Vitórias’ que percorrem nossas cidades todos os dias com medo. Essa luta exige o compromisso de todos”, concluiu.