Trump assina medida que restringe entrada de viajantes de 19 países nos Estados Unidos

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Visitantes de mais 7 países, entre eles Cuba, terão entrada restrita

O presidente norte-americano, Donald Trump, assinou uma medida que proíbe a entrada de viajantes de determinados países nos Estados Unidos, segundo informações da CBS News, que citou autoridades do governo. De acordo com Trump, a medida é necessária para proteger o país contra “terroristas estrangeiros” e outras ameaças à segurança.

A diretriz integra a repressão à imigração lançada por Trump no início de seu segundo mandato. Entre as ações estão a deportação de centenas de venezuelanos suspeitos de envolvimento com gangues para El Salvador, além de esforços para negar matrícula a alguns estudantes estrangeiros e deportar outros.

A nova medida restringe totalmente a entrada de cidadãos de 12 países: Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Além disso, haverá restrições parciais para viajantes de outros sete países: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.

“Não permitiremos que entrem em nosso país pessoas que queiram nos fazer mal”, declarou Trump em vídeo publicado na rede social X, acrescentando que a lista poderá ser revisada e novos países podem ser incluídos. A proclamação entra em vigor no dia 9 de junho, mas os vistos emitidos antes dessa data não serão revogados.

Durante seu primeiro mandato, Trump havia implementado uma proibição semelhante, direcionada a viajantes de sete países de maioria muçulmana, medida que foi confirmada pela Suprema Corte em 2018 após diversas alterações. Seu sucessor, o democrata Joe Biden, revogou a proibição em 2021, classificando-a como “uma mancha na consciência nacional”.

Segundo Trump, os países sujeitos às restrições mais severas foram escolhidos por abrigarem “presença em larga escala de terroristas”, não cooperarem com políticas de segurança de vistos, apresentarem falhas na verificação de identidades, manterem registros criminais inadequados e registrarem altas taxas de permanência irregular nos Estados Unidos. “Não podemos ter uma imigração aberta de qualquer país onde não possamos examinar e selecionar de forma segura e confiável aqueles que procuram entrar nos Estados Unidos”, afirmou.

Como exemplo da necessidade das novas restrições, Trump citou um incidente ocorrido no último domingo, em Boulder, no Colorado, onde um homem lançou uma bomba de gasolina contra manifestantes pró-Israel. O acusado é Mohamed Sabry Soliman, cidadão egípcio que havia ultrapassado o prazo de validade de seu visto de turista e possuía permissão de trabalho vencida — embora o Egito não esteja entre os países listados na medida.

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