Samir Xaud é eleito novo presidente da CBF em eleição marcada por boicote

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Votação ocorre na véspera da 1ª convocação do novo técnico Ancelotti

O médico infectologista e dirigente esportivo Samir de Araújo Xaud, de 41 anos, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo (25), na sede da entidade no Rio de Janeiro. Candidato único, Xaud recebeu o apoio de 25 das 27 federações estaduais e de apenas 10 dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Seu mandato vai até 2029.

Xaud assume no lugar de Ednaldo Rodrigues, afastado por decisão judicial em 15 de maio. No início de 2024, ele havia sido eleito presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF), cargo antes ocupado por seu pai por 42 anos consecutivos.

Diferentemente da eleição anterior, que reelegeu Ednaldo por unanimidade, desta vez 18 clubes boicotaram a votação, entre eles Flamengo, Corinthians, São Paulo, Internacional e Athletico. Apenas Cruzeiro, Operário e Santos participaram, enquanto a Federação Paulista de Futebol não compareceu.

Pelo estatuto da CBF, os votos das federações têm peso três; clubes da Série A, peso dois; e clubes da Série B, peso um. Com isso, Xaud somou 103 pontos, num total possível de 141.

A eleição aconteceu um dia antes da primeira convocação da seleção brasileira pelo novo técnico Carlo Ancelotti, que disputará as Eliminatórias da Copa do Mundo em junho.

Na posse, Xaud afirmou: “Queremos que o povo volte a se identificar com a seleção canarinho. Iniciamos uma nova fase na CBF, marcada por renovação e desenvolvimento pleno do futebol. Nosso propósito é construir uma entidade moderna e comprometida com o crescimento da indústria do esporte.”

Além de Xaud, foram eleitos oito vice-presidentes para compor a nova diretoria da CBF.

A legalidade do processo eleitoral volta ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana. A Ação Civil Pública que questiona as mudanças no estatuto, que dão pesos diferentes aos votos de federações e clubes, será julgada na próxima quarta-feira (28), após pedido de vista do ministro Flávio Dino.

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