O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, reuniu-se na tarde de quinta-feira (10) com representantes do Governo do Estado, do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23) para discutir soluções voltadas à permanência da Santa Casa em funcionamento.
O encontro contou com a participação do vice-governador Otaviano Pivetta e do presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo. Técnicos do TRT-23 apresentaram esclarecimentos sobre o processo judicial envolvendo o hospital, avaliado em R$ 70 milhões e com dívidas trabalhistas que somam R$ 48 milhões.
Durante a reunião, foram discutidas alternativas para evitar o encerramento das atividades da unidade. Abilio destacou que a aquisição do imóvel pelo poder público é uma solução viável, mas limitada pela ordem de prioridade legal, que dá preferência ao Governo Federal, seguido pelo Governo Estadual. Apenas na ausência de interesse dessas esferas o município pode efetuar a compra.
Mesmo sem prioridade na aquisição, o prefeito garantiu que a Prefeitura está disposta a colaborar com a gestão do hospital. “O mais importante é não deixar a Santa Casa fechar as portas”, afirmou. Uma das alternativas debatidas foi a participação do poder público em um eventual leilão do imóvel, garantindo, assim, que os recursos arrecadados sejam destinados com justiça aos trabalhadores.
Abilio também questionou o valor atribuído ao imóvel: “R$ 70 milhões é uma cifra superestimada e inviável para a Prefeitura”, afirmou. Ainda assim, reforçou que o município busca formas de intervir para manter o hospital em funcionamento e assegurar os direitos dos profissionais envolvidos.
O vice-governador Otaviano Pivetta reconheceu a relevância da unidade de saúde e declarou que o Estado está aberto ao diálogo. “A Santa Casa é um patrimônio da saúde, e vamos trabalhar pelo melhor para o Estado”, afirmou.
Já o conselheiro Sérgio Ricardo, responsável por convocar a reunião, destacou o empenho coletivo para buscar uma solução legal e transparente. “Tenho a convicção de que a Santa Casa será adquirida pelo Estado ou pelo Município. Nosso papel é colaborar tecnicamente e propor caminhos viáveis”, declarou.
Ao final do encontro, ficou definido que as discussões continuarão com foco em um possível leilão do imóvel, no qual a aquisição poderá ser feita por qualquer esfera governamental interessada.