André Fufuca e Celso Sabino são afastados de funções partidárias após desobedecerem orientação de saída da base governista
Os partidos Progressistas (PP) e União Brasil anunciaram nesta quarta-feira (8) punições aos ministros André Fufuca, do Esporte, e Celso Sabino, do Turismo, por descumprirem a determinação de entregar seus cargos no governo federal.
Em nota assinada pelo presidente do PP, Ciro Nogueira, o partido informou que Fufuca será afastado de todas as decisões internas e da vice-presidência nacional da legenda. Além disso, haverá intervenção no diretório estadual do Maranhão, retirando o ministro do comando do partido no estado.
O comunicado afirma ainda que o PP “não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”.
Na segunda-feira (6), durante evento do programa Minha Casa, Minha Vida em Imperatriz (MA), Fufuca indicou que pretende permanecer no cargo. Em uma rede social, o ministro afirmou que sua fidelidade “é primeiramente ao povo que confiou o seu voto” e que continuará “lado a lado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Segundo ele, o trabalho pelo desenvolvimento social e econômico do Maranhão e do país está “acima de quaisquer disputas partidárias internas”.
No mesmo dia, o União Brasil também anunciou o afastamento de Celso Sabino de suas atividades partidárias por 60 dias. Sabino, que integra a Executiva Nacional e preside o diretório do partido no Pará, será substituído por uma comissão provisória interventiva.
A legenda comunicou ainda que o caso será encaminhado ao Conselho de Ética, que terá 60 dias para analisar o mérito das representações.
A decisão conjunta dos dois partidos ocorre após a federação União Progressista — formada por PP e União Brasil — anunciar, no início de setembro, sua saída da base do governo no Congresso Nacional. Na ocasião, foi determinado que todos os filiados com cargos na administração federal, incluindo ministros, deveriam deixar suas funções.