Entre os criminosos investigados estão pai e filho que integraram o grupo que causou prejuízo de R$ 341 mil à propriedade
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta segunda-feira (18), a Operação Agro Judas, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida no furto a uma propriedade rural em General Carneiro. Ao todo, foram emitidos 18 mandados judiciais, incluindo prisões preventivas e buscas, além do bloqueio de bens e valores de até R$ 300 mil.
O Crime
Na noite de 20 de janeiro deste ano, quatro criminosos invadiram uma fazenda localizada na MT-474, de onde furtaram peças de uma colheitadeira e defensivos agrícolas avaliados em R$ 300 mil. Parte das peças da colheitadeira, avaliadas em R$ 41 mil, foi recuperada. O crime foi planejado por T.C.D., de 26 anos, com informações fornecidas por um funcionário da fazenda, que revelou detalhes sobre a rotina e os locais onde os bens estavam armazenados.
Os defensivos agrícolas furtados foram vendidos por J.C.O.D., de 50 anos, que, apesar de estar preso na unidade prisional de Jaciara, liderava a comercialização dos produtos roubados.
Investigações e Prisões
Durante a operação, os mandados foram cumpridos nas cidades de Primavera do Leste e Jaciara (MT), além de Sarandi (PR). A investigação apontou que o grupo criminoso foi formado exclusivamente para realizar o furto e destinar os insumos agrícolas à venda.
Os criminosos utilizaram uma caminhonete Chevrolet S10, locada em 18 de janeiro, para executar o furto. Posteriormente, parte dos produtos foi escondida em uma residência em Jaciara, onde três pessoas foram presas em flagrante.
Outros Crimes e Reincidências
Seis dos investigados já possuem antecedentes criminais em Primavera do Leste, Jaciara, Rondonópolis (MT) e Sarandi (PR). A investigação também revelou que um dos membros do grupo, A.D.P., de 39 anos, estava envolvido no tráfico de veículos roubados para a Bolívia.
Em um dos casos, A.D.P. alugou um Hyundai Creta em Campo Verde (MT) e vendeu o carro no país vizinho. Para encobrir o crime, registrou um falso boletim de ocorrência, alegando ter sido vítima de roubo. A investigação, no entanto, revelou inconsistências em seu depoimento, além de provas de que o veículo esteve na fronteira com a Bolívia.
Declaração da Polícia
Segundo o delegado Antenor Pimentel, da GCCO, o grupo era organizado e tinha como objetivo comercializar os bens furtados. “A associação criminosa foi criada exclusivamente para furtar e vender os insumos agrícolas, o que demonstra o nível de planejamento e execução das ações criminosas”, afirmou.
Com a deflagração da Operação Agro Judas, a Polícia Civil segue intensificando os esforços para desmantelar redes criminosas especializadas em crimes rurais e tráfico de veículos.

