Operação cumpriu mandados de busca em Campos dos Goytacazes; 52 correntistas tiveram cadastros alterados irregularmente
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (14), uma operação para investigar fraudes bancárias cometidas contra a Caixa Econômica Federal (CEF) em Campos dos Goytacazes, no norte do Rio de Janeiro. As suspeitas recaem sobre uma servidora da instituição, acusada de alterar cadastros de clientes e causar prejuízo estimado em R$ 500 mil.
Policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão nos bairros Parque Tamandaré e Centro, conforme determinação da 2ª Vara Federal de Niterói. À investigada também foram impostas medidas cautelares diversas da prisão.
Fraude sofisticada e atuação individual
Segundo a PF, a servidora atuava sozinha em um esquema que envolvia a alteração irregular de dados cadastrais, a reemissão indevida de cartões bancários e a realização de saques presenciais em terminais de autoatendimento. Também foram identificadas contratações suspeitas de cartões de crédito feitas em nome dos clientes.
A investigação foi iniciada após relatórios internos da Caixa apontarem movimentações atípicas, como reemissão repetida de cartões para o mesmo endereço e manipulação sistemática de informações em contas correntes. Até o momento, foram identificados 52 clientes com cadastros alterados de forma fraudulenta.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos dois celulares, dois notebooks, sete cartões bancários de terceiros e diversos documentos.
A servidora poderá responder por inserção de dados falsos em sistema de informação, peculato e furto qualificado.
Em nota, a Caixa informou que abriu procedimento administrativo para apurar os fatos. O banco destacou que, por questões legais, não divulga informações sobre eventuais processos envolvendo empregados, preservando o sigilo dos dados pessoais.
“O banco atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que auxiliam no combate a fraudes e golpes, monitorando ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos”, afirmou a instituição.

