As perícias evidenciam que a arma foi disparada de forma regular, mediante o acionamento do gatilho pelo operador.
Laudos periciais de local de crime, necropsia e reprodução simulada, elaborados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), concluíram que o tiro que matou a adolescente K. V. S. foi classificado, tecnicamente, como voluntário, e não acidental.
As perícias apontaram que a arma foi disparada de forma regular, mediante acionamento do gatilho pelo operador. Contudo, não foi possível determinar se houve intenção de atirar na vítima, tampouco a motivação do crime, aspectos que deverão ser esclarecidos ao longo das investigações.
O laudo de reprodução simulada, entregue nesta terça-feira (27/5), indicou compatibilidade com os elementos já constantes no inquérito policial, confirmando a dinâmica previamente estabelecida pela investigação.
O crime ocorreu no dia 3, em Guarantã do Norte. Para a apuração do caso, foram requisitados dez laudos periciais com base nos vestígios levantados, sendo que três já foram concluídos.
A classificação de tiro acidental é empregada apenas quando há disparo sem o acionamento do gatilho, em razão de falha na segurança do armamento ou anomalias em suas peças, o que não foi constatado nesse caso.
O disparo atingiu a vítima na região posterior da cabeça, produzindo marcas de sangue características desse tipo de ferimento. O projétil foi recuperado no interior do veículo, porém o estojo balístico não foi localizado.
A perícia analisou o trajeto do tiro, conforme descrito no laudo de necropsia, e constatou que é compatível com as marcas encontradas dentro do veículo. Na reprodução simulada, os peritos confrontaram as declarações do atirador com os laudos técnicos, identificando pontos convergentes ou divergentes.
Durante a reconstituição da cena, os peritos verificaram o alinhamento entre a saída do cano da arma e o posicionamento da cabeça da vítima, coincidindo com a trajetória do projétil, que ficou alojado na coluna lateral esquerda do veículo Hyundai Creta.
Na reprodução simulada, o autor dos disparos, Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, confirmou todas as informações prestadas em seu interrogatório no inquérito policial.