Pontífice ampliou o trabalho do Sínodo dos Bispos
O Papa Francisco aprovou um processo de três anos para discutir reformas na Igreja Católica, anunciou o Vaticano neste sábado (16). A decisão, tomada enquanto o pontífice de 88 anos segue internado em Roma para tratar uma pneumonia dupla, indica que ele pretende continuar à frente do papado, apesar das especulações sobre uma possível renúncia.
A iniciativa estende o trabalho do Sínodo dos Bispos, um dos marcos de seu pontificado, que debate temas como a inclusão de mulheres no diaconato e a ampliação da participação de fiéis LGBTQ na Igreja. Após uma cúpula inconclusiva realizada no Vaticano em outubro de 2024, o novo processo prevê consultas com católicos ao redor do mundo até 2028, quando será convocada uma nova reunião.
A decisão foi assinada pelo papa na última terça-feira (12), no Hospital Gemelli, onde está internado há mais de um mês. A ausência prolongada de Francisco levantou dúvidas sobre sua permanência no cargo, mas seus biógrafos insistem que ele não pretende seguir o exemplo de Bento XVI e renunciar.
“O Santo Padre está impulsionando a renovação da Igreja em direção a um novo impulso missionário”, afirmou o cardeal Mario Grech, responsável pelo Sínodo, em entrevista ao canal de mídia do Vaticano.
Desde sua eleição em 2013, Francisco busca modernizar a Igreja, mas enfrenta resistência de setores conservadores, incluindo cardeais que o acusam de flexibilizar doutrinas sobre casamento, divórcio e união entre pessoas do mesmo sexo. Para especialistas, o novo cronograma de reformas reforça sua autoridade e sinaliza que seu papado ainda está ativo.
Os últimos boletins médicos indicam melhora no estado de saúde do papa, mas ainda não há previsão de alta.