Netanyahu rejeita estado palestino e anuncia expansão de colônias na Cisjordânia

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Premiê israelense critica países que reconheceram Palestina e promete resposta após Assembleia da ONU

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em vídeo divulgado nesta segunda-feira (22) que não permitirá a criação de um Estado palestino “a oeste do Rio Jordão”. A mensagem foi dirigida a líderes ocidentais, em especial do Reino Unido, Canadá e Austrália, após o reconhecimento do Estado palestino por esses países.

“Vocês estão oferecendo uma enorme recompensa ao terrorismo”, declarou Netanyahu, em referência aos ataques de 7 de outubro de 2023. O premiê disse que, durante anos, impediu “a criação desse Estado terrorista” e prometeu ampliar os assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, chamada por Israel de Judeia e Samaria.

Netanyahu viajará nesta semana a Nova York para participar da 80ª Assembleia Geral da ONU e se reunir com o presidente norte-americano, Donald Trump. Ele anunciou que a resposta oficial de seu governo às iniciativas de reconhecimento do Estado palestino será apresentada após o seu retorno dos Estados Unidos.

A declaração ocorre na véspera de uma conferência organizada pela França e Arábia Saudita sobre a solução de dois Estados, na qual Paris e outros países europeus, como Bélgica, Malta, Luxemburgo e Andorra, deverão formalizar o reconhecimento da Palestina. O governo israelense já havia rejeitado “categoricamente” essas decisões, alegando que elas “não promovem a paz” e “recompensam os ataques do Hamas”.

Em comunicado e em postagens na rede social X, o Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou a Autoridade Palestina de “não combater o terrorismo” e classificou o reconhecimento internacional como “recompensa para o jihadismo”, pedindo ao Reino Unido que “não deixe a ideologia extremista ditar suas políticas”.

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