Candidatos chegaram cedo para evitar surpresas antes da prova
Neste domingo (10), milhões de estudantes em todo o Brasil participam do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, principal prova para quem busca uma vaga no ensino superior. Criado em 1998 para avaliar o desempenho dos estudantes que concluem a educação básica, o Enem é hoje amplamente utilizado por instituições públicas e privadas como critério de seleção para novos alunos.
Desde cedo, candidatos começaram a chegar aos locais de prova, especialmente em Brasília, onde muitos se adiantaram e chegaram antes das 11 horas, uma hora antes da abertura dos portões e 90 minutos antes do início da prova. Com documentos de identificação, canetas esferográficas pretas e lanches em mãos, a ansiedade era evidente, já que este é um passo crucial para o futuro acadêmico de cada participante. Hoje, os estudantes encaram as questões de ciências da natureza (química, física e biologia) e matemática. São cinco horas para resolver 90 questões de múltipla escolha, e os candidatos só podem sair após duas horas do início da prova. Para levar o caderno de questões, é necessário aguardar até os últimos 30 minutos.
No domingo anterior (3), os participantes responderam a 90 questões de linguagens e ciências humanas e escreveram uma redação sobre os “desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
Victoria Rocha, de 23 anos, está realizando o Enem pela terceira vez em busca de uma vaga no curso de medicina. Antes de entrar para a prova na Unip Vergueiro, em São Paulo, ela relaxava ouvindo música e aguardando a abertura dos portões. Com experiência em vestibulares, Victoria afirmou estar mais tranquila em comparação com os anos anteriores, mas ainda sentia a ansiedade natural da prova. “Acho que é normal a gente ficar ansiosa por algo que deseja muito. Mas me sinto preparada; estudei bastante e isso traz uma certa tranquilidade”, disse ela.
Para a prova de hoje, Victoria optou por uma alimentação leve e se concentrou em garantir uma boa noite de sono. “Dormir oito horas é essencial. Se durmo muito, fico indisposta durante a prova”, explicou. Ela sonha em entrar na Faculdade de Medicina da USP, mas também busca vagas em universidades como Unicamp e Unesp. “O Enem abre portas para muitas faculdades. Mas se eu não conseguir uma das melhores, continuo tentando. Entraria em uma faculdade, mas ainda tentaria mais um ano”, concluiu Victoria.