Estado reduziu em 88% as ocorrências em comparação ao mesmo mês de 2024
Mato Grosso encerrou setembro de 2025 com 2.294 focos de calor, o menor número já registrado desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/BD Queimadas), em 1998. O resultado superou o recorde anterior de 3.692 ocorrências, de 2009, valor que corresponde à média histórica do mês.
Mesmo diante da redução, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) segue em alerta, já que outubro terá chuvas abaixo da média. O comandante-geral, coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, destacou que a queda é reflexo do reforço em ações de prevenção, fiscalização e resposta rápida, aliado a condições climáticas mais favoráveis.
A comparação com 2024 mostra a dimensão da melhora: em setembro do ano passado foram registrados 19.964 focos, contra 2.294 em 2025 — redução de 88%. No acumulado entre janeiro e setembro, Mato Grosso soma 9.171 ocorrências, frente a 45.326 no mesmo período de 2024, representando queda de 80%.
O governo estadual investiu R$ 78 milhões neste ano para fortalecer o combate aos incêndios, com operações como Infravermelho e Abafa Amazônia, além do apoio de 1.420 bombeiros militares, brigadistas municipais, viaturas especializadas e até oito aeronaves. O sistema SICRAIF também garante mobilização rápida de mais de 8 mil recursos cadastrados.
O coronel Heitor Fernandes da Luz, diretor operacional do CBMMT, reforçou que o período ainda é crítico e que a colaboração da população é essencial, com denúncias pelo 193 (Bombeiros) ou 190 (PM).
O uso do fogo segue proibido até 31 de dezembro no Pantanal; até 30 de novembro na Amazônia e Cerrado; e durante todo o ano em áreas urbanas.