Sedec e Imac destacam potencial da carne mato-grossense em evento estratégico com autoridades e empresários chineses durante a SIAL Xangai
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) participaram do evento “Comércio Sustentável de Carne Bovina China-Brasil”, realizado nesta terça-feira (20) durante a Exposição SIAL de Xangai, um dos maiores encontros globais do setor de alimentos.
Organizado pela Câmara de Importadores e Exportadores Chineses de Produtos Agrícolas, Agropecuários e Alimentos (CFNA), o encontro destacou a carne mato-grossense como uma das mais sustentáveis e eficientes do mundo. O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, ressaltou que o Imac foi reestruturado para fortalecer a promoção internacional da carne do estado, alinhado às políticas de sanidade animal e às diretrizes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).
O presidente do Imac, Caio Penido, enfatizou o compromisso do setor com práticas sustentáveis e destacou o modelo brasileiro de produção, que respeita o meio ambiente e preserva a biodiversidade, conforme determina o Código Florestal. “Essa é uma proteína sagrada, que ajudou a civilização a se desenvolver. O Brasil produz com respeito ao gado, à terra e à floresta. É essa história que viemos contar à China, nossa parceira estratégica”, afirmou.
Durante o evento, a CFNA reconheceu o Brasil como fornecedor confiável de carne de alta qualidade e apontou o potencial de crescimento do consumo na China, atualmente em cerca de 7 kg per capita, bem abaixo dos mais de 20 kg no Brasil. O encontro reforçou a importância da parceria entre os dois países para o desenvolvimento sustentável do mercado global de carne bovina.
César Miranda também destacou que a exigência chinesa por carne de animais mais jovens, o chamado “boi China”, impulsionou avanços em genética e produtividade, permitindo ampliar a produção sem necessidade de desmatamento. “Mato Grosso pode dobrar sua produção nos próximos dez anos sem derrubar uma árvore. Isso é segurança alimentar com sustentabilidade para o mundo”, concluiu.