Com 85,1% dos municípios classificados como alto ou moderado desenvolvimento, Mato Grosso divide terceiro lugar com São Paulo no índice de Emprego & Renda
Mato Grosso ocupa a terceira posição entre os estados brasileiros com melhor desempenho em emprego e renda, conforme o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2023. O estado aparece empatado com São Paulo, com 85,1% de seus municípios classificados como de desenvolvimento alto ou moderado nesse indicador.
O desempenho mato-grossense só é superado por Santa Catarina, com 95,9% dos municípios bem avaliados, e Mato Grosso do Sul, com 92,4%. Paraná completa os cinco primeiros colocados, com 81,7% das cidades apresentando desenvolvimento predominante.
O levantamento aponta que 91,3% da população de Mato Grosso vive em municípios com desenvolvimento alto ou moderado, número superior à média nacional de 73,3%. Além disso, 21 municípios mato-grossenses figuram entre os 500 melhores do país, considerando todas as dimensões do índice.
O IFDM, criado em 2008 e atualizado em 2023 com nova metodologia, avalia os municípios a partir de três indicadores: Emprego & Renda, Saúde e Educação. A pontuação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento socioeconômico. A classificação é dividida em quatro faixas: desenvolvimento crítico (0 a 0,4), baixo (0,4 a 0,6), moderado (0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1).
No quesito Emprego & Renda, são consideradas variáveis como geração de empregos formais, índice de desligamentos voluntários, PIB per capita, participação dos salários no PIB, população em situação de pobreza ou baixa renda e diversidade econômica.
O relatório também destaca que, entre 2013 e 2023, 83,6% dos municípios brasileiros apresentaram crescimento no IFDM Emprego & Renda, percentual que aumentou para 84,7% no período mais recente, de 2021 a 2023, indicando a recuperação do mercado de trabalho após a pandemia.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, os bons resultados de Mato Grosso refletem a diversificação da economia, com destaque para o agronegócio, e o crescimento dos setores de serviços e indústria. Esse cenário tem impulsionado a expansão do emprego formal e a melhoria das condições de vida da população. Miranda também ressaltou a elevada taxa de desligamentos voluntários como um indicativo da confiança dos trabalhadores na busca por melhores oportunidades.
Segundo ele, o dinamismo do mercado e a confiança no futuro são resultado das políticas públicas implementadas pelo governo estadual, focadas na atração de investimentos, desburocratização de processos e qualificação da mão de obra. Para o secretário, Mato Grosso se consolida como exemplo positivo no cenário nacional e confirma que está no caminho certo.
Cuiabá subiu três posições no ranking das capitais brasileiras com melhor desempenho socioeconômico, passando da 10ª colocação em 2013 para a 7ª em 2023, com um crescimento de 14,1% no índice geral, que passou de 0,6942 para 0,7922. Esse avanço reflete melhorias nas áreas de Emprego & Renda, Educação e Saúde. O índice da capital mato-grossense supera a média nacional das capitais (0,7269) e a média dos municípios não capitais, evidenciando a força da economia local e a evolução dos serviços públicos.
Entre os municípios mato-grossenses, Lucas do Rio Verde se destaca como o mais desenvolvido, com 0,8160 pontos e a 171ª posição no ranking nacional, dentro da faixa de “alto desenvolvimento”. Primavera do Leste também ultrapassou a marca de 0,8 pontos, com 0,8050.
O estudo aponta que, entre as dez cidades mais desenvolvidas de Mato Grosso, predominam municípios do norte do estado e ligados ao agronegócio: Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Cuiabá, Sinop, Rondonópolis, Alta Floresta, Sorriso, Nova Mutum, Campo Verde e Tangará da Serra.
Em contrapartida, Nova Nazaré aparece na última posição do estado e na 5.563ª colocação nacional, com 0,3326 pontos, sendo classificada como município de “desenvolvimento crítico”.