Rapper está preso acusado de homicídio qualificado contra policiais
A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. A decisão foi da desembargadora Marcia Perrini Bodart, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJRJ).
Oruam é acusado de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz, ambos da Polícia Civil do estado. Ele também responde por associação ao tráfico, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
A defesa alegou ilegalidade e desnecessidade da prisão preventiva, pedindo sua substituição por medidas alternativas. A magistrada, porém, considerou que não há constrangimento ilegal e destacou a gravidade da conduta atribuída ao rapper, incluindo ameaças e desacato a policiais, tanto pessoalmente quanto nas redes sociais.
O caso teve início em 21 de julho, quando policiais foram à casa de Oruam, no Joá, zona oeste do Rio, para cumprir mandado de apreensão contra um adolescente apontado como ladrão de carros e segurança de um chefe do Comando Vermelho. Segundo a polícia, Oruam e amigos hostilizaram os agentes com xingamentos e pedras. O rapper divulgou vídeos da ação e desafiou autoridades, afirmando que estava no Complexo da Penha.
Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes históricos do Comando Vermelho, que cumpre pena em presídio federal.