Projeção aponta nível de até 5,50 metros, 20 centímetros acima
Neste domingo (12), os cenários projetados pelo Instituto de Ciências Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) confirmam um aumento na cheia do Rio Guaíba, com os níveis subindo novamente para acima de 5 metros (m). O nível máximo esperado entre segunda e terça-feira (14) depende das chuvas adicionais previstas e dos fortes ventos do sul, podendo atingir cerca de 5,50 metros, superando o pico de 5,30 metros registrado na semana passada. Às 9h deste domingo, os níveis do Guaíba permaneciam elevados, em torno de 4,65 m.
O recorde de 5,30 metros foi alcançado no último domingo (5). Desde então, houve uma redução lenta até atingir 4,56 m na quarta-feira (8) e no sábado (11). Entre o sábado (11) e este domingo (12), o Rio Guaíba apresentou um sinal de repique, com uma elevação de 10 centímetros.
Segundo o instituto da UFRGS, até sexta-feira (10), os rios afluentes do Guaíba estavam mostrando uma lenta redução nos níveis elevados (Jacuí, Sinos, Gravataí) ou moderados (baixo Taquari). Nas últimas 24 e 48 horas, ocorreu uma precipitação significativa de 100 milímetros (mm) ou mais em uma grande região, abrangendo grande parte das bacias do Taquari, Sinos, Caí e Jacuí. Isso resultou em uma elevação dos níveis nos rios Taquari, Caí, Sinos e Jacuí. Estão previstos mais de 100 mm em uma ampla faixa na metade norte do Rio Grande do Sul, cobrindo essas bacias, principalmente nas próximas 24 horas.
Além disso, há previsão de ventos sul mais intensos, podendo chegar a 50 quilômetros por hora (km/h) na Lagoa dos Patos na segunda (13) e terça-feira (14).
Áreas de risco
Considerando a duração prolongada prevista da cheia, bem como o seu repique, o Instituto de Ciências Hidráulicas recomenda manter um estado de atenção em todas as áreas de risco, incluindo aquelas em que a inundação teve uma diminuição; prestar atenção especial à população afetada; e implementar medidas imediatas para restabelecer infraestruturas e manter serviços essenciais, como o saneamento básico. A previsão foi realizada pelos professores Fernando Fan e Rodrigo Paiva, juntamente com o mestrando Matheus Sampaio, do Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da UFRGS, em colaboração com a empresa RHAMA Analysis.

