Ativista foi colocada em um voo para a França e depois para a Suécia
A ativista sueca Greta Thunberg foi deportada de Israel nesta terça-feira (10), segundo informou o Ministério das Relações Exteriores do país. A medida ocorreu um dia após a Marinha israelense interceptar a embarcação em que ela e outros ativistas pró-palestinos tentavam chegar à Faixa de Gaza com ajuda humanitária.
Com 22 anos, Thunberg embarcou em um voo com destino à França, de onde deve retornar à Suécia. Outros três integrantes do grupo aceitaram a repatriação imediata. O brasileiro Thiago Ávila, também integrante da tripulação, seguiu para o aeroporto de Tel Aviv, de onde voltará ao Brasil, conforme informou o Itamaraty.
Outros oito ativistas decidiram contestar a deportação e permanecem detidos em um centro de reclusão, aguardando decisão judicial. Ainda não há definição sobre a data da audiência.
O barco britânico, que carregava pequenas quantidades de arroz e fórmula infantil, foi interceptado por Israel ao se aproximar da costa de Gaza, tentando romper o bloqueio naval imposto há anos. A embarcação foi escoltada até o porto israelense de Ashdod, e a tripulação transferida para o aeroporto Ben Gurion.
De acordo com os organizadores da missão, o objetivo era chamar atenção internacional para a grave crise humanitária em Gaza, agravada pelos meses de conflito. Israel, por sua vez, classificou a ação como uma manobra de propaganda pró-Hamas, afirmando que a ajuda apreendida será repassada à Faixa de Gaza por vias oficiais.
O governo israelense divulgou uma imagem de Thunberg a bordo do avião que a levou para Paris. A ativista, que geralmente evita viajar de avião por questões ambientais, havia aparecido em vídeo gravado antes da interceptação, no qual afirmava que, caso fosse detida, Israel estaria cometendo sequestro em águas internacionais.