Gestão de Abilio Brunini é elogiada pelo TCE-MT e considerada modelo para municípios

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O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, afirmou que a administração do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, é referência para os 142 municípios do estado. A declaração foi feita durante a apresentação do balanço dos seis primeiros meses de gestão, nesta quarta-feira (9), na sede do TCE.

Segundo Sérgio Ricardo, a atual gestão demonstra compromisso com a transparência e responsabilidade fiscal. “Coloco você como um gestor referência. A gestão do Abilio está dando certo e será um divisor de águas para Cuiabá e outros municípios. Que os prefeitos venham ver como o Abilio e sua equipe estão trabalhando”, declarou. Ele também recomendou que outras prefeituras adotem a prática de abertura total das contas ao Tribunal.

Abilio Brunini relembrou o cenário crítico encontrado ao assumir o Executivo municipal, classificando a situação financeira como “catastrófica”. O passivo herdado chega a R$ 2,4 bilhões, envolvendo restos a pagar, dívidas com INSS, FGTS, empréstimos consignados e precatórios. Apesar disso, o prefeito anunciou o fim do decreto de calamidade financeira e destacou os avanços já alcançados. “Estamos saindo do sufoco e arrumando a casa. Não faço promessas, faço entregas. Os próximos dois anos ainda serão de aperto, mas com ações concretas, como a inauguração do Centro Médico Infantil”, afirmou.

A prestação de contas foi uma iniciativa do próprio prefeito, que destacou o papel do controle externo como parceiro na melhoria da gestão pública. O evento contou com a presença de conselheiros, auditores e técnicos do TCE-MT, além de representantes do Ministério Público de Contas (MPC), do Ministério Público Estadual (MPMT), da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), vereadores e secretários municipais.

No primeiro semestre de 2025, a Prefeitura de Cuiabá arrecadou R$ 2,5 bilhões e fechou com saldo positivo de R$ 400 milhões, mesmo após despesas que somaram R$ 2,1 bilhões. Parte desses recursos foi destinada a programas e serviços que impactam diretamente a população, como transporte público gratuito aos domingos, fornecimento de café da manhã para alunos e servidores da educação, ampliação do programa Escola Aberta, distribuição reforçada de kits escolares e uniformes, além da criação do Centro Médico Infantil.

A gestão também revisou os 881 contratos vigentes, renegociando 321 e gerando uma economia de R$ 217 milhões. Entre outras ações de destaque estão o pagamento de sete folhas salariais (incluindo dezembro de 2024), a concessão de 5,32% de reajuste do RGA, a revogação da taxa do lixo, a retomada da coleta de resíduos e a abertura gratuita do Aquário Municipal.

Apesar dos avanços, o governo ainda lida com um rombo bilionário herdado. O déficit orçamentário foi de R$ 1,15 bilhão, com destaque para R$ 775 milhões em precatórios e R$ 512 milhões ainda em negociação. A gestão também teve que enfrentar um passivo de R$ 110 milhões referente à gratuidade do passe livre estudantil, não previsto na LOA, e R$ 50 milhões de consignados descontados dos servidores e não repassados aos bancos. Mesmo diante desse cenário, a atual administração tem priorizado a recuperação fiscal sem comprometer os serviços essenciais.

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