O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo acordo comercial com o Japão, que prevê a redução de tarifas sobre automóveis e evita a aplicação de novos impostos sobre outros produtos japoneses. Em contrapartida, o Japão se comprometeu com um pacote de até US$ 550 bilhões em investimentos e empréstimos destinados aos EUA.
As tarifas sobre automóveis japoneses, que representavam anteriormente 27,5%, foram reduzidas para 15%. Impostos que entrariam em vigor sobre outros produtos japoneses a partir de 1º de agosto também foram diminuídos de 25% para 15%.
O acordo impulsionou o mercado financeiro japonês: o índice Nikkei subiu quase 4%, com destaque para ações de montadoras como Toyota, que avançou mais de 14%, e Honda, com alta próxima de 11%.
Trump comemorou o resultado afirmando ter assinado “o maior acordo comercial da história com o Japão”, destacando a importância da parceria bilateral. Já o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, elogiou o pacto como sendo o que estabelece “a menor taxa já aplicada entre países com superávit comercial com os EUA”.
Em 2024, o comércio entre os dois países somou quase US$ 230 bilhões, com o Japão registrando um superávit de cerca de US$ 70 bilhões. O pacote firmado inclui apoio financeiro de instituições públicas japonesas para fortalecer cadeias produtivas em setores estratégicos como o de semicondutores e farmacêutico nos Estados Unidos.
O Japão também ampliará a importação de produtos agrícolas norte-americanos, incluindo arroz. Segundo o governo japonês, o setor agrícola nacional não foi prejudicado com o novo acordo.