País avisa o Irã, apoiador do grupo rebelde, para não se intrometer
Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos contra alvos houthis no Iêmen no sábado (15), resultando na morte de “vários líderes importantes” do grupo rebelde, segundo a Casa Branca. O conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, destacou a “força esmagadora” da ofensiva e alertou o Irã, aliado dos houthis, para não se envolver no conflito.
“Os ataques eliminaram vários líderes houthis”, afirmou Waltz em entrevista à ABC. Em declaração à Fox News, ele reforçou que “todas as opções estão sobre a mesa” para impedir que o Irã adquira armas nucleares.
Os ataques atingiram diversos redutos houthis, incluindo a capital Sanaã, e resultaram na morte de pelo menos 31 pessoas, incluindo crianças, segundo um relatório divulgado. O presidente Donald Trump justificou a operação como uma resposta às ameaças dos rebeldes contra o comércio marítimo e os interesses de Israel, prometendo “inferno” aos houthis.
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, os rebeldes iemenitas lançaram ataques com mísseis contra Israel e navios ligados ao país, em apoio à causa palestina. Com o cessar-fogo em Gaza, vigente desde 19 de janeiro, os ataques foram interrompidos, mas a tensão na região continua alta.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que Washington encerrará as operações militares caso os houthis cessem suas ofensivas. “Essa campanha visa garantir a liberdade de navegação”, explicou.
A ofensiva norte-americana ocorre em um momento de crescente instabilidade no Mar Vermelho, uma das principais rotas do comércio global. Para conter os ataques rebeldes, os EUA formaram uma coalizão naval multinacional e, em parceria com o Reino Unido, intensificaram os bombardeios contra alvos houthis. De acordo com o Pentágono, os rebeldes realizaram 174 ataques contra navios de guerra dos EUA e 145 contra embarcações comerciais desde 2023.