Em março, o índice que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá registrou seu segundo declínio consecutivo. Começando o ano em 110 pontos, o índice caiu para 108,2, uma diminuição de 0,7% em relação a fevereiro. Apesar dessa tendência negativa, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice atual ainda é 37,4% maior do que o mesmo período do ano anterior.
O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) observou uma tendência semelhante a nível nacional, com uma diminuição mensal de 0,8% e um crescimento anual de apenas 7,7%, atingindo 104,1 pontos.
Os subíndices em Cuiabá mostraram quedas em áreas como Nível de Consumo Atual (-2,6%), Perspectiva Profissional (-1,7%), Emprego Atual (-1,3%), Renda Atual (-1,1%) e Perspectiva de Consumo (-1,1%). Por outro lado, os índices de Compra a Prazo e Momento para Duráveis aumentaram 1,6% cada.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, observou que, apesar da queda, os comerciantes locais podem se sentir tranquilos, já que o índice permanece acima de 100 pontos, indicando a satisfação das famílias.
A análise do IPF-MT também indica uma recuperação na geração de empregos no início deste ano em comparação ao saldo negativo do final do ano passado, o que pode impulsionar o consumo nos próximos meses.
Em relação ao emprego, 52,3% dos entrevistados se sentem mais seguros, e 27,6% afirmam que a situação permanece igual ao ano passado. Quanto à perspectiva profissional, 55,3% estão otimistas. Sobre a renda atual, 53,2% relatam uma melhoria em comparação com o ano anterior, enquanto 54,8% afirmam estar comprando menos.
No entanto, Wenceslau Júnior alerta que a persistência da queda no consumo das famílias não deve se tornar uma tendência em 2024, pois isso pode ter grandes impactos no crescimento econômico local.