Projeto oferece oficinas, palestras e mentorias para fortalecer a economia criativa e a formação cultural no interior de Mato Grosso
Estão abertas as inscrições para o projeto “Descentraliza Cultura”, que vai oferecer uma imersão gratuita com oficinas, palestras e mentorias práticas voltadas a empreendedores criativos, artistas e trabalhadores do setor cultural de São Félix do Araguaia (1.026 km de Cuiabá).
Realizado pelo Instituto Inrede, com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) por meio de emenda parlamentar, o projeto acontece de 3 a 8 de novembro. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet.
Segundo a idealizadora e produtora executiva Margareth Miranda, o projeto nasceu da escuta e da vivência com o território. “São Félix do Araguaia tem uma cena criativa pulsante, mas ainda carece de acesso à formação técnica. O Descentraliza Cultura busca reduzir essa distância, fortalecendo quem já atua e incentivando novos agentes culturais”, explica.
A programação abordará temas essenciais à sustentabilidade do setor cultural, como formalização do Microempreendedor Individual (MEI), emissão de notas fiscais, precificação de serviços, gestão financeira e aposentadoria para profissionais criativos.
Além das oficinas, haverá rodas de conversa e visitas a empreendedores locais, estimulando o intercâmbio entre diferentes linguagens artísticas e o fortalecimento da rede cultural do município. Todas as atividades serão realizadas no Sindicato Rural de São Félix do Araguaia, com horários distribuídos ao longo do dia para facilitar a participação da comunidade.
O projeto faz parte da estratégia de interiorização da formação cultural em Mato Grosso. Em sua primeira edição, realizada em março de 2024, o Descentraliza Cultura mapeou o potencial criativo da região do Araguaia e identificou demandas por capacitação e formalização do setor.
Para a diretora do Instituto Inrede, Carolina Barros, o projeto é um passo importante para o fortalecimento da economia criativa. “A cultura é um motor de desenvolvimento, mas só se consolida quando o trabalhador tem acesso à informação e estrutura para empreender com autonomia”, destaca.

