Cuiabá divulga plano de contingência para combate às arboviroses

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A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá divulgou o Plano de Contingência Municipal para Arboviroses, um documento estratégico elaborado pela Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde e pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Cuiabá). O plano apresenta um panorama da escalada de casos de dengue, chikungunya, zika, febre amarela e febre do Oropouche, além de traçar estratégias para prevenção e contenção dessas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

Aumento de casos preocupa autoridades

Dados do Ministério da Saúde indicam que, em quase todo o país, os casos de dengue em 2024 já superaram os números de 2023. Apenas cinco estados não registraram aumento: Mato Grosso do Sul, Rondônia, Sergipe, Ceará e Acre. O crescimento mais expressivo ocorreu no Amapá e no Distrito Federal, ambos com alta superior a 600%.

Em 2023, o Brasil teve 1.408.683 casos confirmados de dengue e 1.179 óbitos. Já em 2024, até 27 de janeiro, os números saltaram para 5.897.262 casos (+318,6%) e 6.129 mortes (+419,8%). Os casos graves passaram de 24.429 para 105.407 (+331,5%), com taxa de letalidade de 5,81%.

Em Mato Grosso, o avanço foi menos expressivo, mas ainda preocupante: os casos cresceram 35,9%, passando de 26.354 em 2023 para 35.826 em 2024. O número de óbitos também subiu, de 21 para 31 (+47,6%), e os casos graves aumentaram 74,5%.

Além da dengue, a chikungunya também apresentou crescimento alarmante. No Brasil, os casos passaram de 127.956 em 2023 para 222.334 em 2024 (+73,8%), e os óbitos dobraram, de 122 para 216 (+77%). Mato Grosso foi o estado com maior aumento percentual, saindo de 247 casos em 2023 para 18.444 em 2024 (+7.367%), tornando-se o segundo estado com mais casos no país. O estado também registrou 19 mortes pela doença em 2024, contra nenhuma em 2023.

Plano de resposta e mobilização

O Plano de Contingência prevê ações escalonadas em três níveis, definidos conforme a gravidade da situação epidemiológica. O objetivo é garantir atendimento ágil à população e conter surtos e epidemias.

A estratégia envolve diversos setores da gestão municipal:

  • CIEVS Cuiabá – monitoramento epidemiológico e emissão de alertas;
  • Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) – controle do vetor e aplicação de bloqueios químicos;
  • Vigilância Ambiental – análise de áreas de risco e impactos ambientais;
  • Vigilância Epidemiológica – notificação e investigação de casos;
  • Rede de Saúde – organização do atendimento para casos suspeitos e graves;
  • Gestão Municipal – fornecimento de recursos e coordenação do Comitê de Ação Preventiva;
  • Comunidade – participação ativa na eliminação de criadouros do mosquito.

A Prefeitura de Cuiabá reforça a importância da colaboração da população na prevenção, evitando água parada e adotando medidas de proteção contra o Aedes aegypti.

O plano completo pode ser acessado no site oficial da Prefeitura de Cuiabá.

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