Cuiabá busca integração com hospitais privados para melhorar notificação de casos de dengue e chikungunya

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A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Dra. Lúcia Helena Barboza Sampaio, reuniu-se com diretores técnicos dos principais hospitais particulares da cidade para discutir a subnotificação de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O encontro teve como objetivo alinhar procedimentos para garantir que os dados da rede privada sejam devidamente integrados ao sistema da Vigilância em Saúde, permitindo um planejamento mais eficaz no combate às doenças.

Estima-se que cerca de 5 mil casos possam estar represados devido à falta de sincronização entre as notificações dos hospitais privados e o sistema público. Representantes do Hospital Geral, Clínica Femina e Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá explicaram que as notificações vêm sendo feitas fisicamente e encaminhadas à Vigilância, especialmente nos casos confirmados, devido à rapidez no diagnóstico dentro das unidades de saúde.

A secretária ressaltou a necessidade dessa integração para que a Vigilância Sanitária tenha uma visão mais precisa do cenário epidemiológico na cidade. A rede privada atende aproximadamente 30% da população cuiabana, tornando essencial a inclusão de seus dados para um monitoramento mais eficiente da disseminação das arboviroses.

Os hospitais manifestaram interesse em acessar diretamente o sistema de notificação do Ministério da Saúde, o que permitiria um registro mais ágil e reduziria a carga de trabalho da Vigilância, que hoje precisa inserir manualmente as notificações enviadas fisicamente. Para viabilizar essa solução, a Secretaria de Saúde buscará alternativas junto à Vigilância Sanitária e à equipe de Tecnologia da Informação da Prefeitura, garantindo que qualquer medida adotada esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O diálogo entre a gestão municipal e os hospitais privados seguirá em andamento para fortalecer a parceria e garantir notificações mais eficientes. A expectativa é que essa integração contribua para um controle epidemiológico mais preciso e ações mais efetivas no combate às arboviroses e outras doenças na capital.

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