Baixa cobertura vacinal e aumento do fluxo de pessoas elevam preocupação das autoridades de saúde
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Capital), da Diretoria de Vigilância em Saúde de Cuiabá, emitiu um alerta sobre o risco de introdução do sarampo na capital, especialmente diante da realização de grandes eventos e do crescimento do fluxo de pessoas na cidade e região metropolitana.
A orientação é direcionada, principalmente, a trabalhadores com contato direto com o público, como atendentes, motoristas de transporte coletivo (intermunicipal e interestadual), motoristas de aplicativo e táxi, profissionais de aeroportos e rodoviárias, setor turístico, saúde, centros de eventos e albergues de imigrantes.
Embora Cuiabá ainda não tenha registrado casos confirmados em 2025, a situação preocupa devido ao cenário na América do Sul. A Bolívia enfrenta um surto ativo, com 243 casos já confirmados neste ano, inclusive em regiões de fronteira com Mato Grosso. O Paraguai também apresenta risco elevado, o que aumenta a atenção para possíveis entradas do vírus no Brasil.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa e transmitida pelo ar, mas pode ser evitada por meio da vacinação. Em Cuiabá, a cobertura vacinal segue abaixo do ideal: a 1ª dose em crianças de 1 ano alcança 77,70%, e a 2ª dose, aplicada entre 1 e 3 anos, apenas 56,07%. A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Medidas de prevenção:
- Quem não está vacinado deve procurar a UBS mais próxima e atualizar a imunização.
- Pessoas com sintomas como febre, manchas avermelhadas na pele, tosse, coriza ou conjuntivite devem buscar atendimento médico imediato e evitar contato com outras pessoas.
- Quem tiver contato com turistas, familiares de outras regiões ou for viajar para locais com casos suspeitos ou confirmados deve se vacinar com pelo menos 15 dias de antecedência.
A secretária municipal de Saúde, Danielle Carmona, reforçou a importância da imunização. “O sarampo é uma doença grave, de alta transmissão, mas pode ser evitada de forma simples e segura com a vacina. Nossa cobertura vacinal ainda está aquém do necessário para a proteção coletiva. Por isso, é fundamental que todos procurem a unidade de saúde mais próxima e se vacinem”, destacou.

