Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelos temporais
As intensas chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde a semana passada já impactaram mais de 780,7 mil pessoas. Segundo o mais recente boletim da Defesa Civil divulgado neste domingo (5) às 12h, o número de vítimas fatais chega a 75, com mais seis óbitos em investigação, além de 155 pessoas feridas e 103 desaparecidas.
Os danos causados pelas chuvas ultrapassaram os registros da última calamidade ambiental do estado em setembro de 2023, quando 54 vidas foram perdidas devido à passagem de um ciclone extratropical. Autoridades alertam que esta é a pior catástrofe climática já enfrentada pela história do Rio Grande do Sul.
As precipitações forçaram o deslocamento de 95,7 mil indivíduos de suas residências, com 104,6 mil desalojados e 16,6 mil desabrigados. Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas chuvas, abrangendo 67,2% das cidades do estado.
De acordo com o último levantamento das estruturas estaduais, mais de 420 mil pontos seguem sem energia elétrica e 839 mil residências (27%) estão sem abastecimento de água.
As chuvas também ocasionaram danos e interrupções no tráfego das rodovias estaduais do Rio Grande do Sul. No domingo (5), foram registrados 113 trechos em 61 rodovias com bloqueios totais e parciais, incluindo estradas e pontes.
No final da manhã de domingo (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, desembarcaram na Base Aérea de Canoas (RS). A comitiva também inclui 13 ministros, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, e a primeira-dama Janja Lula da Silva.
Em termos de auxílio, os itens mais urgentes para doação são colchões novos ou em bom estado, roupa de cama, toalhas, cobertores, água potável, ração para animais e cestas básicas, de preferência lacradas para facilitar o transporte.