A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá divulgou, nesta sexta-feira (11), um boletim que revela o aumento significativo de acidentes com animais peçonhentos nos primeiros meses de 2025. Apenas em março, foram registradas 114 ocorrências, sendo 73 causadas por escorpiões, 9 por aranhas, 2 por serpentes e 12 classificadas como “outros”.
Entre as 14 primeiras Semanas Epidemiológicas do ano, até 31 de março, todas, com exceção das semanas 7 e 14, apresentaram mais casos do que no mesmo período de 2024. A média semanal de notificações subiu de 14,2 em 2024 para 24,6 em 2025, o que representa um aumento de 61,5%.
Em março do ano passado, foram registrados 100 casos, sendo 71 de residentes da capital e 29 de pessoas de outros municípios. Já em março deste ano, esse total chegou a 114, com 96 ocorrências entre moradores locais e 18 entre visitantes.
O crescimento foi contínuo ao longo do trimestre: 128 casos em janeiro, 101 em fevereiro e 114 em março, somando 343 acidentes nos três primeiros meses de 2025. A região da Grande Morada da Serra segue como a área com maior número de ocorrências, seguida pelos bairros Residencial Coxipó e Despraiado. O boletim também chama atenção para o aumento de casos nas zonas de expansão urbana ao oeste e sul da cidade.
Um mapa elaborado pela Vigilância em Saúde destaca com tons mais escuros as áreas com maior incidência. Também foi registrado um caso isolado envolvendo uma lagarta de classificação moderada na região do bairro Sucuri. Apesar de raro, esse tipo de acidente é considerado grave e geralmente está relacionado à perda de habitat dos animais.
A Secretaria reforça a importância de medidas preventivas, como o uso de luvas em áreas com vegetação, vistoria em locais escuros e úmidos, e vedação de frestas em portas e janelas. Em caso de acidente, a orientação é buscar atendimento imediato em uma unidade de saúde.
Silvana Maria Ribeiro Arruda, diretora da Vigilância em Saúde, alertou sobre a gravidade do aumento: “O crescimento dos acidentes com animais peçonhentos em Cuiabá é um alerta para todos nós. Pequenas ações podem fazer grande diferença na proteção da saúde e da vida das pessoas.”