Casal é preso por maus-tratos e agressão a criança em Cuiabá

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Suspeitos foram conduzidos após confessaram as agressões, nesta quinta-feira (26)

Policiais militares do 3º Batalhão prenderam, nesta quinta-feira (26), um jovem de 18 anos e uma adolescente de 17, por agressão e maus-tratos contra uma criança de apenas 1 ano e 5 meses. Os dois confessaram ter agredido o menino enquanto estavam sob efeito de drogas.

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada no período da tarde para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro, após a equipe médica alertar sobre o estado grave da criança, que apresentava diversas lesões incompatíveis com a versão apresentada pela mãe e o padrasto — de que a criança teria caído da cama.

Diante das contradições, o casal foi conduzido até a Polícia Judiciária Civil para registro da ocorrência e liberado após os depoimentos. Horas depois, os dois retornaram à mesma unidade de saúde com a criança ainda mais machucada, com ferimentos visíveis na cabeça e no rosto. Questionados novamente, ambos admitiram serem usuários de drogas e confessaram ter agredido o menino durante um surto causado pelo uso de entorpecentes.

A equipe do 3º Batalhão foi novamente acionada e efetuou a prisão em flagrante do casal, que foi encaminhado à Central de Flagrantes de Cuiabá e entregue à Polícia Civil para as providências cabíveis.

A Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Tutelar de Cuiabá atuaram com rapidez diante do caso. Inicialmente, os suspeitos disseram que a criança havia caído de um barranco nos fundos da casa onde vivem. Durante o atendimento, o Conselho Tutelar solicitou à Justiça uma medida de acolhimento imediato, que foi concedida ainda na noite de quinta-feira. A guarda provisória da criança ficou sob responsabilidade de uma cuidadora da Casa Lar, enquanto a Justiça determinou o afastamento dos responsáveis.

A criança foi transferida para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde permanece internada em estado estável, recebendo medicação e acompanhamento contínuo. Apesar da gravidade inicial, o menino apresenta sinais de recuperação, como se alimentar e brincar. Uma tomografia descartou lesões graves, mas, devido ao inchaço na cabeça, ele segue sob observação.

De acordo com o relatório do Conselho Tutelar, a denúncia partiu de um policial militar. O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (DEDDICA), com acompanhamento das equipes de saúde e assistência social.

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