Federação Internacional contemplará medalhistas com US$ 50 mil
O atletismo fez história ao se tornar o primeiro esporte a premiar os campeões olímpicos com dinheiro, anunciando na quarta-feira (10) que os 48 medalhistas de ouro em Paris deste ano receberão cada um US$ 50.000 (R$ 253,5 mil), encerrando uma tradição de 128 anos.
Embora o conceito de competição puramente amadora tenha desaparecido há muito tempo das Olimpíadas modernas, com os atletas frequentemente recebendo pagamentos de patrocinadores e profissionais participando há anos, a decisão da World Athletics (WA) representa uma mudança significativa.
O presidente da WA, Sebastian Coe, afirmou que não houve discussão com o Comitê Olímpico Internacional (COI), apenas que sua organização informou o COI pouco antes de anunciar o prêmio de US$ 2,4 milhões (R$ 12,2 milhões).
“Embora seja impossível atribuir um valor comercial à conquista de uma medalha olímpica, ou ao compromisso e ao foco necessários para representar seu país em uma Olimpíada, é importante garantir que parte da receita gerada por nossos atletas seja devolvida diretamente àqueles que fazem dos Jogos o espetáculo global que são”, disse Coe aos repórteres.
O COI afirmou que cabe a cada Federação Internacional (FI) e Comitê Olímpico Nacional (CON) determinar a melhor forma de atender seus atletas e promover o desenvolvimento de seus esportes.
“O COI redistribui 90% de toda a sua receita, em particular para CONs e FIs. Isso significa que, todos os dias, o equivalente a US$ 4,2 milhões é direcionado para ajudar atletas e organizações esportivas em todos os níveis ao redor do mundo”, disse o órgão.
Um total de US$ 540 milhões (R$ 2,7 bilhões) foi alocado para os 28 esportes nos Jogos de Tóquio, com a World Athletics recebendo o maior montante, US$ 40 milhões (R$ 243,4 milhões).
Os medalhistas olímpicos de prata e bronze no atletismo também receberão prêmios em dinheiro, mas isso começará somente nos Jogos de Los Angeles em 2028.

