Bolívia escolhe novo presidente em meio a racha da esquerda e favoritismo da direita

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Eleições deste domingo têm alto índice de votos indefinidos e podem encerrar ciclo de 19 anos do MAS no poder

A Bolívia vai às urnas neste domingo (17) para eleger o novo presidente e renovar o Parlamento, formado por 130 deputados e 36 senadores. Com a direita em vantagem nas pesquisas e 23% do eleitorado ainda indefinido, o resultado do pleito é cercado de incertezas.

O ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, de perfil mais radical, aparece na liderança, seguido pelo empresário Samuel Doria Medina, visto como um candidato de centro-direita moderada. Ambos devem disputar o segundo turno, previsto para 19 de outubro, caso o cenário atual se mantenha.

Já a esquerda enfrenta forte desgaste após a divisão do Movimento ao Socialismo (MAS), partido que governa a Bolívia desde 2006. Sem Evo Morales na disputa — impedido de concorrer e incentivando o voto nulo — os principais nomes ligados à legenda, Andrónico Rodríguez e Eduardo del Castillo, não alcançam desempenho suficiente para ameaçar os favoritos da direita.

O pleito ocorre em meio a uma prolongada crise econômica e ao enfraquecimento do MAS, que pode marcar o fim de 19 anos de hegemonia da esquerda no país andino, que faz fronteira com quatro estados brasileiros.

A incerteza, contudo, ainda paira sobre os resultados. O alto número de votos nulos, brancos e indecisos, além da dificuldade em medir o comportamento do eleitorado rural, torna o cenário aberto até a apuração final deste domingo.

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