Nova ZPE fortalece o comércio exterior, atrai investimentos e integra rota estratégica sul-americana
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, inaugurou nesta sexta-feira (24) a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, no sudoeste de Mato Grosso. O empreendimento marca um novo capítulo na industrialização e integração logística da região fronteiriça.
“Os setores que exportam, estando numa ZPE, têm facilidades e ganhos econômicos que ajudam no processo de exportação. E nós estamos aqui quase na fronteira, então, é extremamente importante”, destacou Alckmin durante a cerimônia.
Com 240 hectares de área, a ZPE recebeu R$ 51,3 milhões em investimentos em infraestrutura e estrutura administrativa. O espaço é destinado à produção de bens e serviços voltados à exportação, oferecendo benefícios fiscais, como suspensão e, posteriormente, isenção de impostos sobre insumos e matérias-primas quando o produto final é destinado ao mercado externo.
Essa é a quarta ZPE em operação no Brasil, somando-se às de Uberaba (MG), Pecém (CE) e Parnaíba (PI).
Desenvolvimento regional e integração continental
Alckmin destacou o potencial de Cáceres para atrair novas indústrias, especialmente do setor agroindustrial, aproveitando a forte base agropecuária local. “Se eu sou campeão na agropecuária, eu vou agregar valor para poder gerar mais emprego e melhorar a renda”, afirmou o presidente em exercício.
A TRC Agroflorestal, produtora de placas de madeira e teca, já iniciou operações na nova ZPE.
Localizada em ponto estratégico, a ZPE de Cáceres faz parte da rota do Quadrante Rondon, um dos principais eixos da Integração Sul-Americana, que visa aprimorar a logística e fortalecer o comércio entre o Brasil, países vizinhos e o mercado asiático — por meio da conexão de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos.
Alckmin também informou que pretende discutir com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ações para destravar a Hidrovia Paraguai-Paraná, corredor fluvial que conecta Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.
“O trecho que precisa ser desassoreado, de Cáceres até Corumbá, é essencial. Precisamos de eficiência econômica, reduzir custos, melhorar a logística e integrar modais. Essa hidrovia é fundamental para o desenvolvimento da região”, concluiu.

