Acidente aéreo não terá sobreviventes, afirma autoridades nos EUA

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Mais de 60 pessoas podem ter morrido após a colisão entre um jato regional da American Airlines e um helicóptero Black Hawk do Exército dos Estados Unidos sobre o rio Potomac, próximo ao Aeroporto Nacional Reagan, em Washington. O chefe dos bombeiros do Distrito de Columbia, John Donnelly, afirmou que não há expectativa de sobreviventes.

Durante coletiva de imprensa no aeroporto, Donnelly confirmou que 28 corpos foram resgatados do rio, no que já é considerado o pior desastre aéreo dos Estados Unidos em mais de uma década. “Trabalharemos para encontrar todos os corpos e reuni-los com seus entes queridos”, declarou.

A American Airlines informou que 60 passageiros e quatro tripulantes estavam a bordo da aeronave, enquanto o helicóptero transportava três soldados em um voo de treinamento, segundo uma autoridade do governo americano. O senador Roger Marshall, do Kansas, estado de origem do voo, lamentou a tragédia e sugeriu que não houve sobreviventes. “Perder mais de 60 habitantes do Kansas ao mesmo tempo é um golpe devastador”, afirmou.

Uma equipe de mergulho localizou um dos dois gravadores de dados do avião, as chamadas caixas-pretas, informou a CBS News. A colisão ocorreu enquanto o jato de passageiros se aproximava para pouso no Aeroporto Reagan. Registros de rádio indicam que a tripulação do helicóptero estava ciente da proximidade do avião. O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, declarou que ambas as aeronaves seguiam padrões normais de voo, enquanto o Pentágono anunciou a abertura de uma investigação.

O presidente Donald Trump usou sua conta na rede Truth Social para questionar as ações da tripulação do helicóptero e dos controladores de tráfego aéreo. “Essa é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada. NÃO É BOM!!!”, escreveu.

Gravações do controle aéreo mostram as últimas tentativas de comunicação com o helicóptero, identificado pelo indicativo PAT25. Um controlador orienta a tripulação a desviar do avião, mas, segundos depois, outra aeronave alerta sobre o impacto. Imagens de webcam registraram a colisão e uma explosão iluminando o céu noturno. “Vi uma bola de fogo e depois ela desapareceu. Não vi mais nada depois que atingiram o rio”, relatou um controlador pelo rádio.

Familiares das vítimas que aguardavam informações no aeroporto expressaram frustração com a falta de atualizações oficiais. Entre os passageiros do voo estavam atletas de patinação artística dos EUA, familiares e treinadores que retornavam de um acampamento após os campeonatos da modalidade em Wichita. A imprensa russa informou que os ex-campeões mundiais Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov estavam a bordo. O Kremlin manifestou condolências às famílias das vítimas, mas descartou qualquer contato imediato entre o presidente Vladimir Putin e Trump.

Mais de 300 socorristas trabalham na operação de resgate, descrita por Donnelly como “altamente complexa”. “As condições são extremamente difíceis. Está frio e há ventos fortes”, explicou. O frio intenso também representa risco de hipotermia para eventuais sobreviventes e equipes de resgate. “Em temperaturas tão baixas, a temperatura corporal cai rapidamente e a exaustão pode ocorrer em apenas 15 a 30 minutos”, alertou Dan DePodwin, diretor sênior de operações da AccuWeather.

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