Procura crescente por medicamentos para emagrecer preocupa autoridades de saúde e especialistas, que reforçam a necessidade de prescrição e atenção à procedência
Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, têm sido cada vez mais procuradas por pessoas que buscam emagrecimento rápido, muitas vezes sem acompanhamento médico e sem critérios de segurança.
Diante da alta demanda, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e o consumo desses medicamentos. Segundo o órgão, a comercialização e o uso de canetas emagrecedoras falsificadas representam um grave risco à saúde e configuram crime no país.
A farmacêutica Natally Rosa explica que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é extremamente perigoso. “Quando a pessoa se submete ao uso de um medicamento fora das regulamentações, os riscos são muito maiores, desde a falta de resposta terapêutica até a presença de contaminantes”, destaca.
Ela orienta que o consumidor observe atentamente a embalagem e o produto para verificar a autenticidade. Entre os sinais de alerta estão rótulos em idioma diferente do português, ausência ou dificuldade de identificação do lote e da validade, além de informações pouco legíveis sobre o princípio ativo. “A apresentação física da embalagem precisa ser clara e compatível com as informações oficiais disponíveis”, reforça.
Outro ponto de atenção é o preço: valores muito abaixo do praticado no mercado são um indicativo forte de irregularidade. A farmacêutica lembra ainda que esses medicamentos só podem ser vendidos mediante apresentação e retenção da receita médica, o que é essencial para garantir a segurança do paciente.

