Defesa sustenta não haver motivo para a deputada permanecer presa
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) voltou nesta quarta-feira (27) a um tribunal de apelação em Roma, mas continuará presa até que a Justiça italiana decida sobre o pedido de liberdade feito por sua defesa.
Os advogados da parlamentar alegam que não há motivo para a prisão preventiva no país europeu e sustentam que ela enfrenta problemas de saúde, o que justificaria sua soltura. No entanto, o juiz responsável afirmou precisar de mais tempo para analisar o caso. Até que haja uma nova decisão, Zambelli permanece detida.
A deputada está presa desde 29 de julho, após ter seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF). Contra ela, pesa um mandado de prisão preventiva expedido no Brasil. Zambelli fugiu para a Itália poucos dias antes de ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão, por ser considerada a mentora da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O hacker Walter Delgatti, réu confesso, também foi condenado na mesma ação.
Na semana passada, a parlamentar recebeu uma segunda condenação no Supremo, desta vez a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma, referentes ao episódio em que perseguiu um homem armada pelas ruas de São Paulo, em 2022. Ainda cabe recurso.
Em nota, o advogado Fábio Pagnozzi afirmou que Zambelli recebeu a decisão com “surpresa e profundo desacordo” e que a condenação será contestada por violar princípios do devido processo legal. A defesa também sustenta que a deputada é vítima de perseguição política em meio ao processo de extradição.

