Hugo Motta nega acordo para pautar anistia em troca do fim de motim da oposição

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Presidente negou que fim do motim foi associado à pauta da oposição

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira (7) que a retomada dos trabalhos no plenário, após quase 30 horas de ocupação pela oposição, tenha sido resultado de um acordo para pautar o projeto que prevê anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Motta afirmou que “a presidência da Câmara é inegociável” e que não vincula a condução dos trabalhos legislativos a qualquer pauta, seja com a oposição ou com o governo. A ocupação começou após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por descumprir medidas cautelares.

A oposição exigia a anistia e o impeachment de Moraes. No Senado, a desocupação do plenário ocorreu nesta quinta-feira, sem acordo para votação do impeachment. Na Câmara, Motta conseguiu reassumir a cadeira da mesa diretora apenas na noite de quarta-feira (6), abrindo uma breve sessão sem votação de matérias.

Líderes de partidos de oposição afirmaram que houve acerto para pautar a anistia na próxima semana, mas legendas como PSD, PP e União Brasil não confirmaram. Embora a definição da pauta seja prerrogativa do presidente da Casa, a maioria dos deputados pode pressioná-lo a colocar o projeto em discussão.

Motta disse que prevaleceu “a solução menos traumática” e que o diálogo foi fundamental para reabrir os trabalhos, respeitando a Constituição e o regimento interno.

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