A iniciativa da Prefeitura de Cuiabá para reorganizar o comércio informal no Centro da cidade tem sido bem recebida por vendedores ambulantes e pela população. Desde o último sábado (7), os trabalhadores que atuavam na Rua 13 de Junho passaram a ocupar, de forma experimental, a Travessa Desembargador Lobo, nas proximidades da Praça Ipiranga.
A escolha do novo espaço foi definida após diálogo entre a Prefeitura, a Câmara Municipal e os próprios ambulantes, seguindo orientação do prefeito Abilio Brunini. A medida busca oferecer melhores condições de trabalho aos comerciantes informais, sem comprometer o fluxo de pedestres e a organização das vias públicas.
Durante a semana, a desocupação das calçadas da Rua 13 de Junho ocorreu de maneira pacífica, pondo fim à ocupação irregular que dificultava a passagem de pedestres. Com a nova regra, os ambulantes estão proibidos de atuar em calçadas de avenidas como Isaac Póvoas, 13 de Junho e Getúlio Vargas, mas poderão permanecer na Travessa Desembargador Lobo pelo prazo experimental de 30 a 60 dias. Caso a experiência seja positiva, a Prefeitura deve enviar à Câmara um projeto de lei para transformar o local em um calçadão permanente para o comércio informal.
O prefeito Abilio Brunini destacou que a decisão faz parte de um esforço para organizar o Centro, valorizar o espaço público e garantir dignidade aos trabalhadores. “É uma decisão baseada no diálogo. A cidade precisa de ordem, mas também de humanidade. Os ambulantes merecem respeito e a oportunidade de trabalhar com segurança e legalidade”, afirmou.
A Prefeitura também informou que comerciantes de frutas, sucos, alimentos, açaí e plantas poderão atuar em praças públicas, desde que autorizados por meio do Termo de Permissão de Uso (TPU), que regulamenta o uso dos espaços públicos.
A vendedora Letícia Gabriele Pereira dos Santos elogiou a iniciativa. “Estamos bem localizados, no Centro de Cuiabá, e muitos clientes continuam vindo até aqui. Agradeço à Prefeitura por ter nos ouvido e encontrado uma solução viável”, disse. A consumidora Inara Mariana também aprovou a mudança. “O espaço é bom, conseguimos ver os produtos com calma. E liberar as calçadas da 13 de Junho foi essencial para melhorar a mobilidade urbana e respeitar os lojistas fixos”, avaliou.