Durante a sessão da Câmara Municipal realizada em 18 de março, a vereadora Gisa Barros teve aprovado um requerimento solicitando a suspensão da emissão da Declaração de Possibilidade de Abastecimento de Água (DPA) e da Declaração de Possibilidade de Coleta de Esgoto (DPE) para o Loteamento Paiaguás. O pedido, direcionado ao Departamento de Água e Esgoto (DAE), tem como justificativa a falta de infraestrutura no bairro, especialmente a constante escassez de água.
As DPA e DPE são documentos que certificam a viabilidade de fornecimento de água potável e coleta de esgoto, sendo essenciais para a regularização de novos empreendimentos. No entanto, a vereadora questiona a emissão dessas autorizações para o Paiaguás, uma vez que os próprios moradores enfrentam dificuldades no acesso a água e saneamento básico.
“Não tem água no Paiaguás, mas continuam emitindo declarações como se houvesse abastecimento regular. Como isso é possível?”, criticou Gisa Barros. A parlamentar ressaltou que já apresentou dois requerimentos anteriores sobre o tema, ambos rejeitados, e reforçou que continuará cobrando soluções para o bairro.
Além da questão hídrica, a infraestrutura viária também preocupa. Segundo a vereadora, um recurso de R$ 10 milhões foi destinado ao recapeamento do bairro, mas ainda não há informações concretas sobre sua aplicação. “A nova gestão está há 77 dias no comando, e já enviei ofícios cobrando explicações sobre a liberação desse valor, mas ainda sem resposta”, destacou.
Gisa Barros enfatizou que seu pedido não visa prejudicar construtoras ou investidores, mas sim garantir que os moradores do Paiaguás tenham acesso a serviços básicos antes da expansão do bairro. “Não podemos permitir a emissão de novos documentos sem que haja infraestrutura mínima para quem já vive ali. Isso precisa ser corrigido urgentemente”, afirmou.
Com a aprovação do requerimento, a solicitação será encaminhada ao DAE para providências.
