O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, anunciou neste domingo (9) a suspensão imediata do fornecimento de eletricidade à Faixa de Gaza pela Corporação Elétrica de Israel. A decisão foi divulgada por meio de um vídeo publicado em sua conta na rede social X.
“Assinei uma ordem para cortar imediatamente a eletricidade na Faixa de Gaza – chega de conversa, é hora de agir”, afirmou Cohen. O ministro também declarou que Israel usará “todos os meios à sua disposição para garantir o retorno de todos os reféns israelenses” e reiterou que “o Hamas não permanecerá em Gaza após a guerra”.
Segundo o jornal israelense Haaretz, a única eletricidade ainda fornecida por Israel à Faixa de Gaza era destinada ao funcionamento de uma estação de tratamento de esgoto, que será afetada pela medida. Com poucos hospitais ainda operando, as unidades médicas dependem de geradores movidos a gasolina.
A decisão ocorre uma semana após Israel proibir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, uma ação que o Hamas classificou como “uma tentativa flagrante de fugir ao acordo [de cessar-fogo] e evitar negociações para a segunda fase”.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia anunciado em 2 de março a suspensão do envio de suprimentos ao enclave. O cessar-fogo anterior interrompeu temporariamente os combates, que começaram após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Esse ataque resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de 251 reféns, dos quais muitos foram libertados em acordos de trégua.
Por outro lado, a ofensiva militar israelense em Gaza já deixou mais de 48.000 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde do território, com a maioria das vítimas sendo mulheres e crianças.