Artista foi uma das precursoras do modernismo brasileiro
Neste 2 de dezembro, comemora-se os 135 anos do nascimento de Anita Malfatti, uma das figuras mais marcantes e precursoras do modernismo no Brasil. Nascida em São Paulo, em 1889, a artista realizou sua primeira exposição individual em 1914, na mesma cidade. Sua notoriedade, porém, foi impulsionada em 1917, após uma crítica controversa do escritor Monteiro Lobato, que, embora negativa, trouxe à tona seu trabalho para o cenário artístico nacional.
A consagração de Anita veio em 1922, com sua participação na histórica Semana de Arte Moderna, evento que revolucionou a cultura brasileira.
Formação internacional
Anita viveu e estudou fora do Brasil em momentos cruciais de sua formação. Na Alemanha, foi influenciada pelo expressionismo e, entre 1915 e 1916, aprimorou suas técnicas na Arts Students League of New York e na Independent School of Art, nos Estados Unidos.
De volta ao Brasil, integrou o Grupo dos Cinco, ao lado de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Menotti del Picchia, que foram fundamentais na consolidação do modernismo brasileiro. Entre suas obras mais emblemáticas destaca-se “O Homem Amarelo”, ícone do movimento modernista.
Contribuições artísticas e legado
Além de pintora, Anita Malfatti foi desenhista, gravadora, ilustradora e professora. Participou de eventos importantes como o Salão Revolucionário, a Sociedade Pró-Arte Moderna e o Salão Paulista de Belas Artes, além de atuar como presidente do Sindicato de Artistas Plásticos de São Paulo, em 1942.
Com o passar dos anos, sua produção artística transitou do modernismo para um estilo mais espontâneo, com foco em temas populares, refletindo a riqueza cultural brasileira.
Anita Malfatti faleceu em 6 de novembro de 1964, mas seu legado permanece vivo como referência de inovação, ousadia e transformação na arte brasileira.