Explosão de carro e ato violento na Praça dos Três Poderes abalam Brasília

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Por volta das 19h30 desta quarta-feira, um carro explodiu no estacionamento entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. O veículo, que continha fogos de artifício e tijolos no porta-malas, possui placa de Rio do Sul, Santa Catarina, e está registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, um ex-candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020. Segundo informações da Polícia Civil, Francisco alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, dias antes do ocorrido.

Cerca de 20 segundos após essa explosão, outra ocorreu na Praça dos Três Poderes, próximo ao STF, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto, resultando na morte de um homem, posteriormente identificado como Francisco Wanderley Luiz. A Polícia Civil relatou que antes da explosão fatal, Francisco tentou entrar no prédio do STF, onde lançou um explosivo sob a marquise do edifício, mostrou que carregava artefatos presos ao corpo, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo posicionado em sua nuca.

De acordo com um segurança do STF, Francisco chegou ao local com uma mochila, da qual retirou alguns objetos, incluindo uma blusa, artefatos e um extintor. Ele arremessou a blusa na estátua em frente ao STF e, ao abrir a camisa, mostrou algo que parecia um dispositivo digital, levando o segurança a crer que se tratava de uma bomba. Após lançar dois ou três artefatos que explodiram, Francisco se deitou e acionou o último explosivo.

Consta no boletim de ocorrência que Francisco enviou mensagens pelo WhatsApp que previam o que ocorreu na Praça dos Três Poderes, onde manifestou intenção de autoextermínio e ameaças contra pessoas e instituições.

Equipes do esquadrão antibombas foram acionadas para uma varredura nos arredores em busca de possíveis explosivos adicionais. No momento do incidente, sessões plenárias ocorriam na Câmara e no Senado, que foram suspensas temporariamente. A sessão do STF já havia terminado, e ministros e servidores foram retirados em segurança.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia deixado o Palácio do Planalto, e não houve necessidade de evacuação do prédio. Entretanto, a segurança do palácio foi reforçada com apoio do Exército. Após o ocorrido, o presidente se reuniu com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin no Palácio da Alvorada, além do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

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